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Saúde | 21/11/2019

Paulista promove fórum de saúde mental no CAPS-AD para usuários e servidores da rede municipal

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Juntar todo mundo para um diálogo e discutir propostas que fortaleçam o apoio para a saúde mental da população. Foi essa a ideia do Centro de Apoio Psicossocial Maria Eliane Aguiar (CAPS-AD), localizado na PE-22, em Maranguape I, junto a Secretaria de Saúde, onde iniciaram nesta quinta-feira (21.11), o Fórum de Saúde Mental e Qualidade de Vida do Paulista. No encontro, os usuários do CAPS-AD conversaram com profissionais de saúde do município, apresentando propostas de melhorias do serviço de acolhimento, para quem possui algum tipo de transtorno mental em decorrência do álcool ou das drogas.

Na ocasião, representantes do CAPS Adulto, CAPS Criança, Unidades de Saúde do Paulista, Secretaria Executiva da Mulher e Unidades de Pronto Atendimento (UPA), se fizeram presentes e assistiram a apresentação de uma peça de teatro criada e protagonizada pelos próprios usuários do CAPS-AD, que abordou o tema “O mal se paga com o bem” e o acolhimento que receberam dos profissionais na unidade de apoio.

A unidade de apoio a saúde mental, oferece terapia ocupacional, acompanhamento psicológico, atividades especiais, músicas, dinâmicas e oficinas para a população que precisa ser assistida de perto e já passaram por situações de riscos mentais em relação ao vício por entorpecentes e bebidas alcoólicas.

Entre os profissionais da Saúde presentes no fórum, psicólogos, enfermeiras, técnicas em Enfermagem e assistentes Sociais, a terapeuta Ocupacional do CAPS-AD, Priscilla Viegas, explicou a importância desse fórum discursivo entre os usuários e os servidores para especializar o serviço de acolhimento em todo o município. “Sabemos que nossos usuários acessam vários espaços de saúde, então, tivemos esta proposta de constituição de um fórum de saúde mental para que eles conversem sobre o acolhimento que eles recebem, o que eles acham e para que eles aprendam a intervir também em algo que não esteja correto, por que a política pública só faz sentido quando o cidadão entende qual é o papel dele na sociedade. Por outro lado, aqui também foi discutido, o que os profissionais precisam saber para atender aos usuários com transtornos e o que necessitam, e com isso, vermos juntos o que é prioridade, pois, o nosso objetivo é o serviço de apoio e acolhimento dos usuários dos CAPS”, disse.

Priscilla ainda conta de onde partiu a iniciativa de formalizar um fórum no município. “Os usuários do CAPS-AD sugeriram em ter servidores do Paulista participando deste encontro, para podermos também dar execução. Hoje é o primeiro encontro oficial como fórum e a ideia não é uma perspectiva de queixas dos usuários para os servidores das redes da Prefeitura, e sim, potencializar este trabalho para que nossos usuários sejam bem assistidos”, afirmou.

“Há cinco meses cheguei aqui no CAPS por causa do vício no álcool, por que, quando eu bebia, ficava agressiva e tentava suicídio. No ano passado bebi muito e tentei me jogar em frente a um caminhão e algumas pessoas impediram e me levaram a buscar apoio médico, até que fui liberada. Tive uma depressão profunda e já neste ano, ingeri três cartelas de remédio controlado, fiquei internada e consegui sobreviver, até que uma médica me disse pra buscar ajuda aqui no CAPS e foi uma das melhores coisas que fiz. Mal conseguia falar aqui com meus colegas, apenas chorava, mas, graças a Deus, ao meu esposo e ao acolhimento do CAPS, hoje estou tendo o prazer de viver e me sinto outra pessoa, escrevo peças de teatros, histórias e até livros, pois aqui eu também me sinto útil”, relatou Marcileide dos Santos, dona do Lar e usuária do CAPS-AD.


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