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Políticas Sociais | 31/05/2016

Polícia Civil fecha mais dois abrigos clandestinos em Jardim Paulista e Aurora

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Após denúncia feita ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE), mais dois abrigos de idosos clandestinos foram fechados no Paulista, nesta terça-feira (31.05). Ao todo, 15 idosos foram encontrados em situação precária, distribuídos em uma residência localizada em Jardim Paulista e outra no bairro da Aurora. Com os suspeitos, foram encontrados cartões de benefícios dos idosos, além de comprovantes de saque. A prefeitura acompanhou a ação por meio do Centro de Referência Especializado da Assistência Social (CREAS) para reconduzir os idosos aos seus familiares.

 

Na primeira residência, 10 idosos foram encontrados em uma casa com quatro dormitórios, onde foram detectadas as primeiras irregularidades como cartões de benefícios retidos, alimentos vencidos, maus tratos, furto de energia elétrica, dentre outras. No local, foram flagrados três cuidadores de idosos, que  foram presos em flagrante, além de uma cozinheira que foi liberada. 

 

De acordo com o presidente do Conselho Municipal do Idoso do Paulista (Comip), Aldo Araújo, três ex-funcionários da instituição, fechada há uma semana, foram os responsáveis pelos crimes, que teriam entrado em contato com os familiares e os levaram para as duas casas. “O local não dispõe de documentação necessária como alvará de funcionamento, licença do Corpo de Bombeiros, Alvará de Vigilância Sanitária, CNPJ, registro no Conselho Municipal do Idoso, dentre outras”, explicou. 

 

De acordo com ele, não era do conhecimento do conselho a existência dos espaços irregulares. “Normalmente a gente faz a fiscalização nos espaços regularizados. Já em casos como esse, contamos com o apoio da população para que façam a denúncia”, ressaltou.

 

No bairro da Aurora, a inspetora da Vigilância Sanitária da Secretaria Municipal de Saúde, Valéria Ferreira, relatou o que foi encontrado de irregular no local. “A casa está em situação condenável. Sem acessibilidade, como a falta de barras de segurança no corredor e nos banheiros, sem área de lazer, área de convivência, dormitório irregular, com camas muito próximas, sem campanhia de alarme, sem separação por sexo, leitos no chão, cozinha inadequada, sem refrigeradores, alimento acondicionado de forma irregular e sem refrigeração”, disse Valéria. 

 

Além disso, ela relatou que foram flagrados funcionários sem fardamento, e exercendo função de cuidador e manipulando alimentos, o que não é permitido, medicamentos guardados de forma inadequada, o que os descaracteriza, sem cadastro de contrato com familiares, sem alvará de localização e sem alvará de funcionamento.

 

O delegado Gilmar Rodrigues, responsável pelas investigações, disse que três pessoas foram presas em flagrante. “Era uma verdadeira corda de caranguejo, tinha idoso até de Ipojuca e a situação é de maus tratos. Vimos os comprovantes de saque e de acordo com nossa conta, são R$ 19 mil líquido de lucro”, afirmou o delegado. 

 

Segundo Rodrigues, todos eles responderão por maus tratos, sequestro, cárcere privado, retenção de cartões, desobediência ao Ministério Público, furto de energia elétrica, já que mesmo com os equipamentos funcionando o contador estava parado, além de crime contra a saúde pública devido aos alimentos vencidos, e uso de drogas, pois segundo o policial, haviam medicamentos de uso proibidos. O delegado afirmou ainda que deverá responsabilizar criminalmente os familiares por abandono.

 


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