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Políticas Sociais | 19/07/2021

Prefeitura de Paulista promove campanha “Julho das Pretas” em alusão ao Dia da Mulher Negra

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A iniciativa vai levantar histórias
de dez mulheres anônimas e não-anônimas, que em sua trajetória se destacaram
por suas atuações em favor da valorização da população negra e da luta
antirracista.

 

Com o
intuito dar visibilidade à luta da mulher negra, a Prefeitura do Paulista vai
promover o “Julho das Pretas”, campanha digital em alusão ao Dia da Mulher
Negra, Latino-Americana e Caribenha, celebrado em 25 de julho. A ação será
lançada nesta segunda-feira (19) e ocorrerá por meio da Secretaria de Políticas
Sociais e Direitos Humanos do município. A programação segue até o dia 31 de
julho.

O tema do
empoderamento da mulher negra é uma pauta sobre política pública de gênero, mas
traz também questões raciais e sociais, além de abordar o racismo religioso, a
saúde da população negra e a violência contra juventude negra.

Diante de
tal realidade e das diversas questões importantes que envolvem a vida dessas
mulheres, a Prefeitura de Paulista criou a iniciativa com objetivo de levantar
histórias de dez mulheres anônimas e não-anônimas, que em sua trajetória se
destacaram por suas atuações em favor da valorização da população negra e da
luta antirracista.

As
homenageadas foram indicadas pelas organizações do movimento negro e de
mulheres. Elas impactaram e inspiraram a vida de muitas pessoas. Dar voz a elas
é empoderá-las, dar visibilidade a suas histórias e valorizar suas batalhas.

Para a
construção de um futuro mais justo e igualitário, é preciso cada vez mais
empoderar mulheres através de ações políticas e sociais.

O “Julho das
Pretas” é coordenado pela Diretoria de Igualdade Racial de Paulista, em
parceria com a União de Negras e Negros pela Desigualdade (Unegro/Paulista),
com a Macha Mundial de Mulheres, com o Coletivo Obirin e com o Movimento Negro
Unificado (MNU/Paulista).

A Diretora
de Igualdade Racial do município do Paulista, Nathalia Valeska, falou sobre
ampliar parcerias e dar visibilidade à identidade da mulher preta.

“Historicamente,
as mulheres negras representam luta e resistência. Por isso, é tão importante
conhecer a ancestralidade, para reconhecer as causas em pauta. Essa ação
celebra a promoção, a valorização e a necessidade de criação de políticas
públicas para as mulheres negras, a fim de garantir seus direitos, propiciando
um diálogo com a sociedade civil, movimentos e coletivos, no reconhecimento da
atuação, da produção intelectual e da identidade dessas mulheres”, afirmou
Nathalia.

 

Dia da
Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha

O dia 25 de
julho é o Dia da Mulher Negra, instituído pela Lei nº 12.987/2014. A data foi
inspirada no Dia da Mulher Afro-Latina-Americana e Caribenha (dia 31 de julho),
criado em julho de 1992, sendo comemorada no Brasil desde o início do século
XXI.

O dia 25 de
julho também é o Dia Nacional de Tereza de Benguela, líder quilombola que viveu
no atual Estado de Mato Grosso durante o século XVIII.

O marco
reafirma a identidade, a história e a luta das mulheres negras brasileiras.

O Brasil
foi, em grande parte, construído através do sacrifício da mulher preta. A
chegada das mulheres africanas marcou a formação social brasileira. Na
escravidão, elas sofreram uma dupla exploração. Além der serem escravizadas,
sofrendo da violência inerente a esse sistema, também foram exploradas
sexualmente.

Além disso,
elas trouxeram tradições ancestrais que influenciaram a língua, os costumes, a
alimentação, a medicina e a arte do nosso país. Também introduziram métodos
agrícolas, vários produtos e valores coletivos no Brasil.

 

































































As mulheres
negras, portanto, têm uma contribuição imensurável para a cultura e história
brasileira, devendo ter sua luta enaltecida e celebrada.


Imagens: