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Administração | 11/05/2017

Secretário do Paulista contesta “impacto intermunicipal” na instalação do Mirabilândia

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O impasse envolvendo a competência do licenciamento ambiental para a
instalação do Parque Mirabilândia em Paulista foi o tema central de uma sessão
extraordinário na Câmara de Vereadores do município na manhã desta quinta-feira
(11.05). Os parlamentares convidaram o executivo municipal de Meio Ambiente,
Leslie Tavares, e o gestor de normatização e infrações da Secretaria de Meio
Ambiente do Recife, Rômulo Faria, para falarem sobre o tema, que tem gerado um
grande debate sobre a responsabilidade institucional de cada ente no processo. 
 

Ao longo de quase três horas de sabatina, Leslie Tavares defendeu a tese
de que a instalação do Mirabilândia numa área de 27 hectares, no antigo Engenho
Jardim, na Mata do Ronca, BR-101 Norte, não provoca prejuízos ambientais ao
município do Recife. Na visão do gestor, “se houvesse qualquer tipo de problema
dessa natureza, o que não deve acontecer por conta da qualidade do projeto,
tudo se restringiria a Paulista, já que o parque está totalmente situado na
cidade”.
 

O argumento levantado por Leslie Tavares vai de encontro à interpretação
do Ministério Público de Pernambuco. O órgão entende que o Estudo de Impacto
Ambiental e o Relatório de Impacto Ambiental (EIA/Rima) da instalação do
empreendimento teriam ignorado os impactos intermunicipais e que, diante dessa
situação, a competência passaria a ser do Estado, ou seja, da Agência
Pernambucana de Meio Ambiente (CPRH). O impasse, inclusive, provocou o embargo
da obra.
 

O representante da Secretaria de Meio Ambiente do Recife, Rômulo
Faria, aproveitou a oportunidade para esclarecer que o órgão foi oficiado pela
Prefeitura do Paulista quanto aos “prejuízos” ambientais. “Realizamos um estudo
criterioso sobre essa questão, inclusive, devolvemos o ofício para que Paulista
apresentasse quando necessário, e não identificamos nenhum tipo de problema
relacionado ao projeto de instalação do empreendimento. Isso significa que
Recife não será prejudicado em nada”, cravou o gestor de normatização e
infrações.
 

A sessão foi mediada pelo presidente da Câmara, Fábio Barros.
Participaram os vereadores Edmilson do Pagode, Camelo, Fabiano Paz, Eudes
Farias, Evanil Belém, Dr. Vinícius Campos, Tonico, Márcio Freire, Carlos
Francisco, Edinho.

 

ENGAJAMENTO COLETIVO – O presidente da Câmara de Vereadores, Fábio Barros, informou que
os vereadores do município, após os esclarecimentos prestados na sessão, se
posicionaram contrários à recomendação do MPPE. O posicionamento foi baseado na
Lei Complementar Federal 140, que autoriza os municípios a licenciarem as áreas
ambientais. Fábio explicou ainda que uma comissão de vereadores vai dialogar
com o prefeito Junior Matuto sobre os entraves do licenciamento no município.
Em decorrência do embargo da obra, a comissão vai procurar a Promotoria de Meio
Ambiente do Ministério Público e, se for necessário, em última hipótese,
acompanhará o processo de judicialização, caso a situação não seja resolvida
após articulação institucional.
 

COMPETÊNCIA – A
Prefeitura do Paulista está entre as seis da Região Metropolitana que possuem
autonomia para fazer o licenciamento ambiental. Desde o mês de novembro de
2014, o órgão está envolvido no processo de instalação do Mirabilândia. Vale
salientar que em Pernambuco 14 municípios já licenciam.  





























 


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