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Saúde | 21/01/2019

Paulista reforça campanha de prevenção e combate à hanseníase

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“Foi através da palestra de hoje que atentei em trazer minha mãe para ser avaliada. Se eu não tivesse vindo, não teria como saber se as manchas dela podiam ser Hanseníase, pois, a levei para médicos geriatras outras vezes, mas eles não me davam um diagnóstico. Diante do que foi dito aqui, pensei que as manchas vermelhas que apareceram na minha mãe poderiam ser a doença”. Esse é o relato de dona Irene Barbosa, 69 anos, que nesta segunda-feira (21.01), foi para a ação da Secretaria de Saúde do Paulista, na Paróquia Nossa Senhora do Ó, em Pau Amarelo. A iniciativa teve por objetivo prevenir, identificar lesões suspeitas e diagnosticar casos da doença.

Por ter 104 anos e dificuldade de se movimentar, o atendimento de Severina Bezerra, a mãe de dona Irene, foi realizado dentro do carro da família. No local, a equipe médica analisou a idosa e fez o teste de sensibilidade nas manchas. Após o procedimento foi constatado o caso de hanseníase multibacilar.

A coordenadora do Programa de Hanseníase do Paulista, Emanuele Alencar, explicou o caso. “A filha veio para o atendimento e relatou essas lesões na idosa, então sugerimos que ela trouxesse a mãe dela para que o diagnóstico pudesse ser feito. As lesões são bem características e ficou fechado o diagnóstico de hanseníase multibacilar, que é um tipo que já transmite”, frisou.

Emanuele ainda comentou o procedimento que será feito após esse diagnóstico. “Primeiro daremos início ao tratamento para que ela pare de transmitir, o tratamento a princípio será de um ano, mas em 15 dias a doença já para de ser transmitida. Também faremos a avaliação das pessoas que tem contato direto com a dona Severina, para que possamos quebrar a cadeia de transmissão. Neste caso dela, tivemos até sorte, pois dos quatro contatos, três já estão aqui e serão avaliados pela dermatologista, a outra pessoa que não pode vir será avaliada em outro momento e assim fecharemos o ciclo da família”, destacou.

A hanseníase afeta a pele e os nervos periféricos e é transmitida por uma pessoa que ainda não começou o tratamento através da fala, tosse ou espirro. Além das manchas esbranquiçadas, amarronzadas e até caroços com alterações de sensibilidade à dor, frio calor e tato, as dores nos nervos dos braços e das pernas, e a sensação de formigamento nos nervos periféricos são sinais da doença.

A atividade foi realizada em alusão a mês de combate mundial à Hanseniase, que ocorre no mês de Janeiro. A iniciativa aconteceu em parceria com a Coordenação Estadual de Hanseníase, o Centro Social da Mirueira, com Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase e a Paróquia Nossa Senhora do Ó.

ONDE PROCURAR AJUDA - O diagnóstico, tratamento e reabilitação para hanseníase por demanda espontânea são feitos na Unidade de Saúde da Família, nas Unidades Básicas de Saúde, e em Policlínicas municipais. Além desses locais, o Hospital Geral Otávio de Freitas, o Hospital Geral da Mirueira e o IMIP fazem o diagnóstico através de encaminhamento. 


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