Saúde | 10/10/2016
Abandono do tratamento deixa vírus da tuberculose mais resistente
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A tuberculose é uma doença infecto-contagiosa que apresenta características sociais e demográficas. É mais encontrada nos grandes centros, onde a densidade populacional é alta, e está frequentemente associada a indicadores sociais de pobreza, como exclusão social, baixo nível educacional e habitacional, desnutrição, dificuldade de acesso aos serviços básicos de saúde e alcoolismo.
O tratamento da tuberculose dura de seis a nove meses, dependendo do estágio da doença. O problema é que muitos pacientes abandonam o procedimento antes do término, o que acarreta uma resistência do vírus a algumas drogas utilizadas no procedimento. Em 2016, o município do Paulista registrou 85 novos casos em 2016, desses, cinco abandonaram o tratamento.
De acordo com a coordenadora de Programa de Combate à Tuberculose no Paulista, Cecília Silva, os pacientes que abandonam o tratamento antes do tempo correm maior risco de contrair a doença novamente. “As pessoas que iniciam o tratamento contra a tuberculose e abandonam ficam mais sujeitas à reincidência, principalmente se estiverem com a imunidade baixa e mantiverem contato com pessoas infectadas. Por isso é fundamental, que o procedimento seja feito até o fim”, afirmou.
Para evitar o abandono e estimular o uso correto da medicação, usa-se um conjunto de estratégias político-administrativas que inclui o tratamento supervisionado, com o objetivo de estimular a adesão ao tratamento. No município, as pessoas que estiverem com suspeita de tuberculose podem se dirigir ao Centro de Saúde Manoel Caldas, em Arthur Lundgren I ou a qualquer Unidade de Saúde da Família. Entre os principais sintomas estão: tosse por mais de duas semanas, produção de catarro, febre, sudorese, cansaço, dor no peito, falta de apetite e emagrecimento. Nos casos mais avançados, pode aparecer escarro com sangue.
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