Por Cátia Oliveira

Como prioridade da atual gestão, a Prefeitura do Paulista está ampliando o cuidado com crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e investindo na identificação precoce de sinais da condição. Uma das principais novidades trazidas para o município  é a introdução do M-CHAT (Modified Checklist for Autism in Toddlers), instrumento reconhecido internacionalmente, que começa a ser utilizado na rede municipal de saúde. A primeira capacitação para a aplicação do instrumento por profissionais da Atenção Básica,  aconteceu na quinta-feira (24), nos turnos da manhã e da tarde, no Centro Administrativo da Prefeitura, em Maranguape I.

A iniciativa é coordenada pela Secretaria de Saúde, por meio da Superintendência de Atenção Especializada, e tem como foco identificar sinais de TEA ainda na primeira infância, um passo essencial para garantir agilidade no diagnóstico, início imediato do cuidado e mais qualidade de vida para as crianças e suas famílias.

“O cuidado com a primeira infância e o atendimento às crianças com TEA é um compromisso da nossa gestão. Investir na identificação precoce e qualificar os profissionais da rede é garantir dignidade às famílias e uma atenção mais eficaz às nossas crianças”, destacou o prefeito Severino Ramos.

O M-CHAT é um questionário validado e amplamente utilizado em diversos países, e passa agora a ser uma ferramenta estratégica em Paulista para acelerar diagnósticos e priorizar os casos mais urgentes, especialmente os que exigem acompanhamento psiquiátrico.

“Nosso objetivo é identificar, precocemente, em crianças de 16 a 30 meses, os sinais de autismo, fechando assim um diagnóstico mais ágil, no intuito de conseguir reduzir as filas de espera, dar celeridade ao tratamento e fazer regredir a condição das pacientes”, explica Kenned Teixeira, superintendente da Atenção Especializada.

De acordo com o gestor, desde o início do ano, o município tem estruturado um fluxo inédito de triagem em centros de acolhimento para crianças neurodivergentes. O trabalho inclui a coleta de dados qualitativos, fundamentais para avaliar as necessidades específicas de cada paciente e organizar a priorização dos atendimentos.

Ainda segundo Teixeira, a formação para aplicação do M-CHAT, que utiliza uma escala de pontuação para identificação de sinais de TEA, representa um grande avanço na padronização e eficiência dos atendimentos. A capacitação inicial foi voltada para profissionais de enfermagem e odontologia, mas uma nova turma, com foco na equipe médica, já está prevista.

“A partir desse instrumento, os profissionais da rede já poderão iniciar o diagnóstico de crianças com TEA na nossa cidade e isso é uma inovação, pois dentro do município tal procedimento nunca foi implementado. Então, estamos instrumentalizando nossos profissionais da saúde, mesmo os da Atenção Básica, até os dentistas, para poderem identificar casos de autismo”, ressalta a secretária de saúde, Sônia Arruda.  

Conforme a gestora, a saúde do município começa a implementar novas propostas ministeriais a partir dos investimentos do prefeito Severino Ramos na área e a pauta do TEA foi um das três pactuadas. 

“Vale destacar que está havendo um importante investimento, por parte da gestão do prefeito Ramos, na pauta da saúde da criança autista. E a partir desse investimento, estamos trazendo novas propostas ministeriais que passaram a ser pactuadas no município. A primeira foi a retomada da odontologia, a segunda a requalificação da base de profissionais da rede e a terceira o investimento no atendimento à criança com TEA”, pontuou a secretária de saúde.

O protocolo de acesso que está sendo finalizado, a partir da aplicação do M-CHAT,  será encaminhado ao Conselho Municipal de Saúde e passará por consulta pública com a sociedade civil. A expectativa é que ele se torne um marco de referência no atendimento às crianças com TEA em Paulista.

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