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Publicada em: 11/07/2025 - Saúde
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Paulista encerra ciclo de simpósios de epidemiologia com foco na hanseníase

Por Cátia Oliveira


“Vigilância da Hanseníase e o Fluxo de Cuidado” foi o tema do 6º Simpósio de Vigilância Epidemiológica, realizado na tarde da última quinta-feira (10), no auditório do Centro Administrativo da Prefeitura do Paulista, em Maranguape I. A iniciativa, promovida pela Secretaria de Saúde do município, por meio da Superintendência de Vigilância em Saúde, teve como objetivo sensibilizar os profissionais da rede municipal de saúde envolvidos no diagnóstico e na assistência à população com hanseníase.


O evento contou com três palestras importantes sobre o tema. A primeira, intitulada “Impacto Social da Hanseníase”, foi ministrada por Pollyane Medeiros, coordenadora do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (MOHAN) e do Movimento Nacional das Doenças Negligenciadas (MNDN). Pollyane, que já teve hanseníase e foi curada após o tratamento, abordou as principais dificuldades enfrentadas pelos pacientes, incluindo o preconceito e o estigma associados à doença, muitas vezes causados pela falta de educação em saúde.


“Os pacientes com hanseníase enfrentam dores crônicas e, muitas vezes, situações de preconceito e estigma, infelizmente, por conta da falta de conscientização da população sobre a doença e da ausência de uma educação em saúde. Nós, que já passamos por isso, precisamos de acolhimento. Além do tratamento medicamentoso, é necessário apoio psicológico, fisioterapia e terapia ocupacional. Tudo isso faz a diferença na vida do paciente. É um apoio em rede”, ressaltou Pollyane.


A segunda palestra da tarde, "Vigilância da Hanseníase”, foi conduzida por Érika Santos, coordenadora da Vigilância em Saúde da 1ª Gerência Regional de Saúde de Pernambuco (1ª Geres/PE). Érika elogiou a iniciativa do município em trazer à pauta uma temática historicamente negligenciada e destacou a importância do diagnóstico precoce, além dos desafios que os municípios ainda enfrentam no enfrentamento da hanseníase.


“Quero parabenizar o município do Paulista pela iniciativa de abordar essa temática e por não negligenciar a hanseníase. As pessoas afetadas pela doença, em sua maioria, já enfrentam uma vida muito difícil, inclusive do ponto de vista socioeconômico. Um simpósio como este tem um papel importante ao promover a sensibilização dos profissionais de saúde, para que ofereçam a devida atenção a esses pacientes. Isso permite que os municípios melhorem a capacidade de diagnóstico e, a partir daí, conduzam o tratamento de forma adequada, contribuindo para o aumento dos percentuais de cura, um dos grandes desafios ainda a serem enfrentados.”, afirmou a coordenadora da Vigilância em Saúde da 1ª Geres.



Rede de assistência


“Fluxos do Município”, última palestra do evento, foi ministrada por Sherlaine Andrade, coordenadora do Programa Municipal de Controle da Hanseníase (PMCH). Na apresentação, Sherlaine abordou o programa e as principais ações da vigilância em saúde no âmbito da Vigilância Epidemiológica. 


Segundo a gestora, o fluxo municipal para pacientes com hanseníase envolve ações da vigilância epidemiológica, atendimento nas unidades de saúde e acompanhamento do tratamento, incluindo a aplicação da poliquimioterapia (PQT), além da prevenção de incapacidades.


“Viemos reforçar, neste encontro, a importância da notificação dos diagnósticos precoces, a partir dos primeiros atendimentos nas unidades de saúde, assim como dos tratamentos realizados. Isso nos permite fazer uma distribuição mais adequada de medicamentos e dos serviços necessários aos pacientes, sejam eles ambulatoriais ou de emergência. A partir desses dados, podemos monitorar os indicadores, identificando o que está funcionando bem e o que precisa ser melhorado, seja no diagnóstico, no tratamento ou na realização de exames”, destacou Sherlaine.


"A hanseníase tem cura embora seja uma doença muito silenciosa. Quando a pessoa vem apresentar algum sintoma, muitas das vezes, já está com algum comprometimento neural,  muitas manchas pelo corpo e isso acaba prejudicando o tratamento, trazendo danos muitas vezes irreversíveis.  Então é de suma importância que toda rede de saúde esteja atenta aos sintomas que as pessoas apresentam, para que esse diagnóstico seja realizado de forma correta para encaminhar as pessoas para o devido tratamento”, afirmou Silas Marcelino, diretor de Vigilância Epidemiológica. 


O gestor ressaltou, ainda, a importância da participação do público no evento formado por médicos, enfermeiros, terapeutas ocupacionais, agentes comunitários de saúde (ACS) entre outros profissionais. A atividade integrou um ciclo de simpósios com as coordenações de Saúde do Paulista voltadas para a vigilância epidemiológica, cujos encontros anteriores discutiram tuberculose, em abril e as Infeções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) e HIV/AIDS, no mês de maio.


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