Por Renata Luna
A orla do Janga, se transformou em um verdadeiro 'arraiá', com o tradicional desfile da quadrilha junina Poderosas do Janga, formada por integrantes do programa Saúde em Movimento, da Secretaria Municipal de Saúde.
Ao som de um trio de forró pé de serra, os integrantes, em sua maioria idosos, curtiram a festa vestidos com roupas típicas e adornos coloridos. O evento aconteceu na Praça Cantos Augusto César, em frente às Quatro Torres.
A professora aposentada Sueli Guimarães de Cabral, 73 anos, que há 10 anos faz parte do Saúde em Movimento, disse que o grupo tem melhorado tanto sua saúde física quanto mental.
“Depois que me aposentei, minha saúde ficou um pouco abalada, especialmente porque eu sempre estive muito próxima dos meus filhos. Mas, com o tempo, cada um se casou e seguiu seu caminho. Depois que fiquei viúva, vim morar aqui e foi uma verdadeira bênção de Deus. Esse lugar me fez muito bem. Aqui não há dor que não possa ser superada, porque a gente se anima, se fortalece. O amor que sentimos umas pelas outras é o que nos sustenta. A gente cuida uma da outra, sabe? É lindo esse grupo”, disse Sueli, emocionada.
“Para mim é muito satisfatório porque tenho problemas de saúde e com isso eu não sinto nada. Tomo remédio para pressão, para diabetes, para coração e participo direto daqui. Participo de quadrilha, carnaval e do pastoril. Além disso, faço atividade física durante a semana. A minha neta fica admirada com tanta saúde e disposição” vibrou, Maria da Conceição Papadopoulos, 70 anos, frequentadora das Poderosas há 4 anos.
Segundo a coordenadora dos programas Academia da Saúde e Saúde em Movimento, Nataly Sousa, a gestão municipal tem ampliado os esforços para incentivar a participação, buscando colaborar e trazer mais animação às atividades, com o envolvimento de outras secretarias.
“A iniciativa é delas, dos idosos. Elas têm bastante autonomia, então elas têm grupos também, além do Polo de Saúde e Movimento, e elas vão se organizando com a alimentação, com a roupa, geralmente elas organizam quem vai ser a rainha do milho, quem vai ser a noiva. A gente chega enquanto Saúde, a Cultura também para somar, e a Secretaria de Mobilidade para dar o suporte necessário para o evento acontecer. É um momento de confraternização, onde a gente ajuda a conduzir com a quadrilha. A ideia é que a gente sempre pense principalmente na pessoa idosa. Por esse lugar, da festividade, da potência de vida e não por esse lugar de adoecimento, de estar sozinho, isolado numa cama, adoecido, mas que esses momentos são importantes para a saúde mental deles e para a confraternização e logicamente celebrar nossa cultura nordestina”, finalizou.
Crédito das fotos: Wagner Santos
