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Em virtude do Dia Internacional Contra a Discriminação Racial, que é comemorado em 21 de março, o grupo Movimento Manajé, junto com a Prefeitura do Paulista, vão realizar a 1ª edição do Coco dos Mestres, que celebra a cultura africana e indígena no município. O festejo é uma forma de combate ao racismo e a intolerância religiosa enfrentado por essa parcela da população. O evento é inédito, inteiramente gratuito e aberto para todos os públicos. A ação acontece neste domingo (26.03), das 16h às 21h, no Campo da Aviação, que fica na Avenida Prefeito Geraldo Pinho Alves, em Maranguape I. 

A festividade conta com diversas atrações, como a apresentação das bandas: Coco dos Malungos, Flor de Mulungu e Coco da Conceição. Além disso, o evento vai homenagear artistas que se destacam na difusão do samba de Coco na sociedade e, por fim, irá encerrar com uma roda profana em homenagem aos Mestres e Mestras do culto Catimbó Jurema Sagrada. 

O coco, principal dança envolvida na celebração, é a mistura do batuque africano com os bailados indígenas. Ele surgiu nos engenhos da antiga Capitania de Pernambuco, atuais Pernambuco, Alagoas e Paraíba. O baile recebe genericamente o nome de coco, mas possui inúmeros outros nomes, como coco de usina, coco de umbigada, coco de roda, etc.

O Movimento Manajé, formado por descendentes de africanos e indígenas, nasceu na segunda metade de 2021. O intuito é dar protagonismo à celebração da Jurema Sagrada e resgatar saberes, fazeres e expressões ancestrais, que foram historicamente apagadas pelo racismo estrutural, ambiental, discriminação e intolerância religiosa. A palavra Manajé é de origem Tupi-Guarani, que significa "reunião do povo, o ajuntamento".